Por Benjamin Salles Duarte, engenheiro agrônomo |||||
Há muitos milênios que são consideráveis os avanços da humanidade por suas conquistas sequenciais, estudiosos, pesquisadores, cientistas, inventores e boas práticas. A agricultura mudou as relações humanas com a natureza!
A descoberta da escrita creditada aos sumérios há 8 mil anos preservou as “memórias do tempo” numa milenar sequência de manifestações da criatividade humana sem fronteiras num processo evolutivo de mudança e adaptação nessa caminhada rumo ao futuro presumível, que reúne o passado, presente e futuro num cenário de mudanças globais!
Os ganhos da Ciência & Tecnologia são notáveis numa série histórica, principalmente se compartilhados com as sociedades, contudo, essas inovações, saberes e boas práticas não devem discriminar os países entre os ricos, pobres e remediados.
E mais, os EUA colecionam 413 Prêmios Nobel dos 621 outorgados desde 1901. A prática da sustentabilidade é uma obra solidária e exige também políticas públicas, logísticas, capacitação dos recursos humanos, tecnologias, parcerias, e trilhões de dólares em investimentos públicos e não governamentais; uma fatura globalizante!
Entretanto, nesses cenários gerais e limitados, pode-se aceitar que nem tudo énovo, mas inovador se houver adoção nos sistemas agrícolas, pecuários e florestais, bem como considerando-se as outras áreas dos conhecimentos humanos nessa constante e milenar jornada entre avanços e retrocessos.
Senão vejamos uns poucos exemplos; a energia eólica depende dos ventos; a energia fotovoltaica da luz solar; a energia hidrelétrica da água; a energia nuclear deriva do urânio enriquecido; a energia fóssil do petróleo extraído nos continentes, mares e oceanos, sem contar o carvão mineral, gás natural e a energia geotérmica da Terra.
O 1º pivô central de irrigação acionado por energia solar do mundo foi instalado em Perdizes (MG). E mais, há milhões de anos já existia o “Código genético”, porém, fato histórico, entre outros relevantes, somente em 1953 foi também descoberta a histórica estrutura tridimensional do DNA humano; revolução na genética humana, animal e vegetal.
Admite-se que os fungos vivam há 1 bilhão de anos na Terra; um fungo deu origem à penicilina! Nem tudo é novo, mas inovador. A pilocarpina de amplo uso na oftalmologia deriva do jaborandi, árvore secular da flora brasileira.
Há 5 mil anos atrás, o “pombo-correio” já era usado para levar mensagens na Mesopotâmia, hoje região do Iraque; do voo experimental de Santos Dumont ao Airbus-A380, 853 passageiros, 575 toneladas de peso total e autonomia para voar de 15,7 mil km (Google).
A cultura do café chegou ao Brasil em 1727, quase 300 anos decorridos nessa cultura e houve melhoramentos genéticos, ofertas e conquistas de novos mercados. E mais, o Brasil é 1º produtor e exportador de café do mundo, e Minas Gerais 1º produtor e exportador de café (BR).
A 1ª fazenda leiteira, com ordenha sistemática de vacas data de 1641 nos arredores de Recife. Em Ouro Preto, a exportação de queijos do rio das Mortes pela Capitania de MG para o Rio de Janeiro é atestada oficialmente em1772 (há 252 anos).
“Restos primitivos e fossilizados de tomate, batata e tabaco, com 52 milhões de anos, foram encontrados na Patagônia (Universidades Cornell + Pensilvânia + Museu Paleontológico da Argentina).” (Google).
É natural haver divergências históricas entre cientistas, pesquisadores e historiadores! O “Ciclo hidrológico” se renova há milhões de anos pela evaporação da água salgada dos mares e oceanos, tornando-a água doce, que formam as nuvens e por consequência as chuvas.
Sem os ventos como seria a milenar navegação dos barcos e navios à vela unindo continentes; hoje, o maior navio cargueiro do mundo transporta18,2 mil containers e tem 400 metros de comprimento.
E sem o ar atmosférico como poderiam o avião voar, as aves migrarem, os insetos polinizarem as culturas, as nuvens se deslocarem, acionar os antigos “moinhos de vento,” e gerar a energia eólica?
Esses e outros eventos são mensuráveis pela Ciência & Tecnologia & Pesquisa. Há bilhões de anos o Sol ilumina a Terra (luz + calor + fotossíntese + energia), e foi somente em 1879 que o cientista Thomas Edison inventou a lâmpada para iluminar a noite e “esticar o dia.” Aristarco de Samos, astrônomo grego, que viveu entre 310 a.C e 230.a.C, afirmou que a Terra girava em torno do Sol.
Cientistas admitem também que se vive atualmente na “Era do Homem” por sua crescente capacidade e poder de interferir na vida e no meio ambiente, com seu variado arsenal de tecnologias e demandas crescentes por alimentos + água + energias limpas versus poluentes.
Os cavalos, camelos, mulas e outras montarias mudaram milenarmente a história da humanidade gerando guerras, rotas comerciais entre povos e civilizações, comércio interno, saberes e estimulando culinárias, culturas, hábitos e crenças na longa trajetória humana. Vide “Rota da Seda.”
E mais, a culinária brasileira é diversa em suas origens primeiras; portuguesa, espanhola, italiana, síria, libanesa, japonesa, africana, francesa, alemã, norte- americana, peruana, e mais outras. MG tem a 1ª culinária brasileira e a 30ª melhor do mundo.
Há milhões de anos passados, o planeta Terra já acumulava petróleo, gás, ouro, prata, pedras preciosas, terras raras, cristais de rochas, minérios, sal marinho, entre outros, a custo zero na origem primeira, bem como as rochas vulcânicas e sedimentares que deram origem aos solos agrícolas e agricultáveis. Cultiva-se o milho há 7.000 anos, mas a semente híbrida tem pouco mais de 100 anos!