Coopersete foi o berço do cooperativismo na região de Sete Lagoas

Em junho de 1946, produtores rurais e autoridades de 21 municípios da região de Sete Lagoas se reuniram na Fazenda Mata Grande (que ficava atrás do hoje Parque de Exposições JK). Buscavam solucionar um problema em comum. Entregavam leite para usineiros (A. Marques e Cia ou para o laticínio de Leonidio Pereira Dutra) que, por sua vez, repassavam para o Governo do Estado fazer a distribuição em Belo horizonte. Os usineiros alegavam que não recebiam do Governo e, por consequência, não acertavam com os produtores. Na época, foi lançada a primeira semente do Cooperativismo na região.

Como única solução, devíamos nos organizar em cooperativas, para que assim pudéssemos nos tornar uma força unida, a fim de que o Governo do Estado pudesse nos entregar a sua usina de Recepção de Leite situada na rua Itambé, em Belo Horizonte. Assim, passaríamos a fazer a entrega de nosso leite diretamente ao consumidor belorizontino”, disse na época o idealizador do movimento, João Raimundo Dutra Reis.

Foto da antiga fábrica da Itambé, em Belo Horizonte

Dois anos depois foi fundada a Cooperativa de Produtores Rurais de Sete Lagoas Ltda. (Coopersete), em 20 de outubro de 1948, através da união inicial de 65 associados. Logo a seguir, a Coopersete participou ativamente da criação da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda (CCPR). Hoje, a cooperativa tem 993 cooperados, entre ativos e inativos.

Por várias décadas, a Coopersete foi a maior fornecedora de leite da CCPR. E o berço para o surgimento de outras cooperativas singulares, que passaram a fazer parte do sistema CCPR. A de Jequitibá foi fundada por um grupo de produtores associados daquele município. Quiseram ter sua própria entidade. Da mesma forma o nascimento da Cooperativa de Santana de Pirapama, em 1986. Cooperados da região assumiram o comando de um Posto de Recebimento de Leite e um armazém, que antes pertenciam à Coopersete. O “desmembramento” foi aprovado através de Assembleia Geral. A Cooperativa também possuía um posto de recepção de leite e armazém na cidade de Maravilhas e construiu outro posto de recepção com armazém em Papagaio. Mais tarde os dois imóveis foram vendidos e produtores da região passaram a fornecer o leite para a Cooperativa de Pompéu.

Inauguração da usina de recepção de leite, em 1964

Entre 1960 e 1963 a média diária de recebimento de leite era de 40 mil litros. Em 1964, foi inaugura a (nova) usina de recepção de leite, com capacidade para recebimento de 120 mil litros de leite/dia. A iniciativa propiciou, já em 1965, o recebimento de 63 mil litros de leite/dia. Hoje o leite é coletado diretamente em caminhões isotérmicos e é entregue para a Itambé. São 92 mil litros de leite/dia.

FESTIVAL DO LEITE – Em 1969, a Cooperativa idealizou e promoveu a I Festa do Leite do Brasil, em Sete Lagoas. O evento acontecia no Parque de Exposições, na época localizado no Bairro Canaan. Era feita distribuição de leite para o público. Paralelamente, promovido um concurso para eleger a Rainha do Leite. Antes, as candidatas desfilavam em carro alegórico pela cidade.



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