A primeira escola de agronomia brasileira foi criada na Bahia, em 1875; a segunda, no Rio Grande do Sul, em 1883. O início não foi animador. Poucas matrículas e, consequentemente, poucos formados. Com a “Revolução Verde” e a necessidade de mão de obra especializada, a profissão engenheiro agrônomo ganhou força. As instituições que continuaram ministrando o curso, passaram a vivenciar dias melhores. Em 1933, através do Decreto No. 23.196, a profissão foi regulamentada. Desde então, o dia 12 de outubro é comemorado também como o Dia do Engenheiro Agrônomo, no Brasil.
Ao longo dos anos, a agronomia ganhou importância no meio social, tecnológico e ambiental. Inicialmente, sua função era focada no desenvolvimento de técnicas agrícolas. Seu papel central era otimizar o uso da terra, selecionar variedades de culturas, orientar a fertilização e combater pragas e doenças. Com a chegada da “Revolução Verde”, nas décadas de 1960 e 1970, os agrônomos passaram a implementar novas tecnologias, como o uso de fertilizantes sintéticos, defensivos agrícolas e sementes geneticamente melhoradas. Estudos e inovações trouxeram aumento expressivo na produção de alimentos, ao mesmo tempo que começaram a levantar questões ambientais e sociais de práticas intensivas.
Hoje, o agrônomo atua com as crescentes preocupações sobre sustentabilidade, mudanças climáticas, conservação ambiental e a demanda por alimentos mais saudáveis e orgânicos. É preciso implementar e congregar, a cada dia, a produção com a preservação dos recursos naturais. Ter visão equilibrada para lidar com os desafios globais da agricultura e garantir que a produção de alimentos seja alinhada com a preservação do planeta.
O agrônomo trabalha lado a lado com o produtor rural: desde o planejamento e preparo do solo, introduzindo novas tecnologias, até a comercialização da produção. São os profissionais responsáveis por proporcionar alimento com segurança e qualidade na mesa do consumidor. Sua importância não está somente no auxílio no campo; também fora dele, dentro de laboratórios e centros de pesquisa, buscando por cultivares e técnicas que facilitem a vida no campo, com produção, produtividade e sustentabilidade.
AGRONOMIA EM SETE LAGOAS
Em 16 de junho de 2008, foram criados os primeiros cursos da área de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São João del – Rei (UFSJ), no Campus de Sete Lagoas (CSL) – MG. Em março de 2009, as primeiras aulas e infraestrutura dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia de Alimentos, Bacharelado em Biossistemas e Engenharia Florestal.
O Campus de Sete Lagoas (CSL) recebe para o curso de Engenharia Agronômica 40 alunos por semestre, totalizando 80 ingressantes anualmente. Nesses anos de existência, os egressos estão atuando em empresas multinacionais, nacionais, revendas, ensino, pesquisa, assistência técnica etc.
O corpo docente no CSL é de 39 professores, com expertises em diferentes áreas do conhecimento em ciências agrárias. O trabalho é apresentado à sociedade por meio de dias de campo, palestras, mostras de profissões e exposição de grupos de estudos, com a participação de professores, técnicos e discentes. Esses eventos são divulgados por meio das mídias sociais, permitindo a participação de estudantes de outras instituições, profissionais, escolas de nível fundamental e médio e também de produtores e a sociedade em geral.
O CSL está situado às margens da Rodovia Estadual MG 424, Km 47, ao lado do Bairro Itapuã. Conta também com a Fazenda Experimental de Ciências Agrárias, no município de Jequitibá.
EJAGRO
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