A tomada decisão no agronegócio é conjuntural

Por Benjamin Salles Duarte, engenheiro agrônomo |||||

A geração de novos conhecimentos e práticas nos cenários rurais fundamenta-se num processo que implica centenas de variáveis dentro e fora da porteira da fazenda, pois a tomada de decisão de quem planta, cria, abastece e exporta é, acima de tudo, baseada em conjunturas internas e externas num mundo sem fronteiras físicas nas ofertas de produtos agrícolas, pecuários e florestais, bem como de energia limpa renovável, entre outros.

Aliás, o trânsito de mercadorias, sejam elas quais forem, existe há milhares de anos nesse planeta Terra; mercadoria, na prática, é tudo aquilo que se pode comprar e vender! Os economistas podem explicar melhor essas abordagens e temas nas suas respectivas áreas de saberes e atuações.

Nesse país continental, que planta e cria durante o ano todo por suas múltiplas vocações regionais e climáticas, pode-se avaliar a crescente demanda de inovações geradas pela pesquisa agropecuária e adotadas no sistema agronegócio do campo à mesa do consumidor. Entretanto, que haja lucratividade para os produtores rurais, e sendo predominante a agricultura familiar brasileira, que soma 3,89 milhões de estabelecimentos agropecuários, dos quais 441,4 mil em Minas Gerais (77,2%) (2017/IBGE). O PIB do agronegócio mineiro, a preços correntes, passou de R$ 171,9 bilhões em 2015 para R$ 228,6 bilhões em 2023 (+ 32,9%) (FJP).

Aliás, entre 2020 e 2023 o superávit acumulado nas vendas externas do agronegócio mineiro foi de US$ 44,7 bilhões, com a média nesse período de 49,5% do superávit total das exportações de Minas Gerais.

Noutro cenário da agroeconomia mineira, o número de estabelecimentos agropecuários cresceu de 265,5 mil em 1950 para 607,4 mil em 2017 (+128,7%) a exigir eficientes estratégias de assistência técnica, extensão rural, pesquisa, inovações, crédito rural e integrados aos mercados; a agricultura familiar em MG é a segunda do Brasil em número de estabelecimentos.

Além disso, num panorama de complexidades dessa magnitude emerge a prática da gestão das inovações e suas convergências econômicas, sociais e ligadas aos recursos naturais e ancoradas também nas políticas públicas = sustentabilidade!

E mais, associando-se aos ganhos crescentes de produção e produtividade nas culturas e criações, ou seja, visão de sistemas e consolidar os padrões rastreáveis de qualidade = segurança alimentar! Contudo, ressalte-se que o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, o que revela uma conquista memorável nos últimos 50 anos e ocupa esses primeiros lugares nas exportações; soja + açúcar + carne de frango + carne bovina + café + suco de laranja + algodão (Mapa).

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